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Como identificar o autismo?

Neste episódio a psiquiatra, Fernanda C. Messetti, explica como identificar autismo

No espectro do autismo, algumas características específicas merecem nossa atenção ao observar crianças. Estas incluem:

  • Dificuldade em se conectar com outras pessoas, podendo incluir a resistência em manter o contato visual;
  • Dificuldade em expressar o próprios sentimentos e compreender as emoções alheias;
  • Dificuldade de comunicação, a criança não fala ou possui um atraso no início da fala, que normalmente ocorre até os dois anos;
  • Dificuldade em iniciar ou manter conversas, e até compreender orientações simples;
  • Manifestação de comportamentos repetitivos, como balançar a cabeça, o tronco ou as mãos;
  • Preferência em andar nas pontas dos pés;
  • Seletividade alimentar, come poucos alimentos sem variedade de cores, sabores ou texturas;
  • Apego excessivo a objetos ou rotinas, está sempre com o mesmo brinquedo na mão ou assiste sempre ao mesmo desenho, usa só o mesmo sapato;
  • Intolerância a estímulos sensoriais, como luz intensa ou sons altos.

Lembrando que a criança não precisa apresentar todas as características para suspeitar do autismo, mas na presença de alguma delas, você deve ficar atento. Essas características são mais evidentes em crianças maiores de 2 anos, pois nessa idade as demandas sociais são menores e os sinais mais sutis.

Antes dos dois anos de idade, os bebês possuem várias habilidades sociais e a ausência delas é algo bastante sugestivo à presença de TEA. Aos quatro meses ou até mesmo antes, é esperado que o bebê tenha preferência pelo rosto e voz humana, ele tem a iniciativa de emitir sons ou movimentos, como estender os braços e perna, a ausência desses sinais é um pouco preocupante.

Com seis meses, o bebê deve responder com sorriso ou expressões felizes às brincadeiras das pessoas, na maior parte das vezes. Com nove meses, o bebê consegue imitar sons ou expressões faciais. De 12 a 14 meses, ele já gesticula e tagarela como se conversasse. Aos 16 meses já diz palavras isoladas e aos 24 meses já forma frases com duas ou mais palavras.

Diante de dificuldade ou ausência dessas habilidades, deve-se buscar orientação médica para o entendimento correto do diagnóstico.

Diagnostico

O diagnóstico é feito através de observação por um profissional treinado e especializado. Esse profissional vai levar em conta o relato das pessoas mais próximas e com isso avaliar a criança, procurando identificar ou descartar as características citadas acima. Além disso, é importante entender se essas características ocorrem desde o início da infância. Nenhum exame consegue identificar a presença do autismo, o diagnóstico é clínico.

Causas

A medicina ainda não sabe a causa desse problema, mas sabe-se que algumas fatores aumentam o risco como:

  • Meninos. O autismo é 4x mais comum no sexo masculino;
  • Genética. Existe um risco elevado da presença do Transtorno do Espectro Autista quando a família já tem histórico;
  • Fatores ambientais, cidades mais poluídas possuem, mais casos de autismo;
  • Problemas no parto e prematuridade.

Algo muito importante para se destacar é que NÃO existe relação entre vacinas e autismo.

Tratamento

O autismo não tem cura e também não existe um medicamento específico para esse transtorno. Uma medida eficaz no tratamento do autismo é o apoio da equipe multidisciplinar, que inclui intervenções com terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos e médicos, com essa rede é possível melhorar a comunicação e as habilidades sociais.

Ao observar essas características, é importante destacar que o espectro autista é amplo, variando em intensidade e manifestação. Se houver preocupações, a consulta a um profissional de saúde especializado em desenvolvimento infantil, como um pediatra ou especialista em autismo, pode ser fundamental para uma avaliação precisa e, se necessário, intervenções apropriadas. A compreensão precoce desses sinais pode levar a uma intervenção eficaz e ao apoio adequado para a criança e sua família.

Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda.

Fonte: Brasil61

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Créditos de Carbono no Brasil: emissões despencam e mercado enfrenta crise

Estudo aponta redução drástica na emissão de créditos e destaca necessidade urgente de reformas para garantir a credibilidade e eficácia do setor

Um estudo recente do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou uma significativa queda no mercado voluntário de carbono no Brasil em 2023. Em comparação com 2021, que foi um ano recorde, o volume de créditos emitidos caiu 89%, e o volume de créditos aposentados diminuiu 44%. O estudo destaca a necessidade de melhorias no mercado para assegurar sua credibilidade e sustentabilidade. André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental e ESG, explica.

“De fato, houve uma redução dentro do mercado brasileiro nas emissões dos créditos. Isso decorre muito de uma expectativa de regulação do mercado de carbono com o PL 2148 de 2015. De fato, a ausência dessa regulamentação leva a uma ausência de credibilidade do nosso crédito, uma ausência de exigibilidade de compensação, desaquecendo o mercado brasileiro do crédito de carbono. Então, isso é prejudicial para esse mercado no Brasil, porque, de fato, a espera de uma regulamentação cria graus de incerteza muito grandes dentro do mercado local.”

O estudo da FGV destaca que, apesar do crescimento inicial do mercado, diversos problemas persistem, comprometendo a credibilidade e a sustentabilidade a longo prazo do mercado voluntário de carbono. Entre os principais desafios, destaca-se a dificuldade em assegurar que os créditos de carbono realmente representem reduções reais, adicionais e permanentes das emissões de gases do efeito estufa. O especialista André Pereira de Morais Garcia explica os desafios do mercado de carbono no Brasil. 

“Um dos grandes desafios é de fato a aprovação do PL 2148 de 2015; e não só a aprovação, como a gente comenta diversas vezes, mas a implementação desse sistema, a integralização desse sistema para que comecem a ser emitidos créditos de carbonos dentro desse mercado regulado. E especialmente não basta só a lei federal ser publicada, mas também um decreto regulamentador estabelecendo as diretrizes básicas e como que vai funcionar tudo isso.”

Projetos de crédito de carbono no Brasil

O estudo da FGV também mostrou uma leve recuperação em 2023, com a emissão de 3,38 milhões de créditos provenientes de pouco mais de dez projetos. No entanto, a distribuição dos projetos foi desigual. As regiões Norte e Nordeste destacaram-se com quatro e três projetos, respectivamente, enquanto as regiões Centro-Oeste e Sudeste tiveram dois projetos cada e o Sul teve apenas um.
Além disso, houve uma mudança na composição dos créditos: em 2021, os créditos de energia renovável representavam 29% do total, enquanto os créditos de florestas e uso da terra correspondiam a 65%. Em 2023, os créditos de energia renovável aumentaram para 45%, e os créditos de florestas e uso da terra diminuíram para 41%. 

Além disso, os estados que tradicionalmente eram focados em projetos de florestas e uso da terra, como Mato Grosso, Amapá e Acre, não emitiram mais créditos em 2023. Em contraste, estados como Goiás e Rondônia começaram a ganhar relevância. Os dados também mostram uma redução no número de estados com projetos de créditos de carbono, de dez para cinco. Os estados que eram líderes em emissões de créditos, como Rio Grande do Sul e Piauí, viram uma redução significativa, enquanto a gestão de resíduos, anteriormente ativa em vários estados, agora está restrita a Minas Gerais. 

André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental/ESG, destacou a importância e o potencial do mercado de crédito de carbono no Brasil.

“O Brasil tem um potencial de crédito de carbono gigantesco, podendo trazer uma movimentação de bilhões de reais dentro da economia. E, de fato, com a regulamentação do mercado de crédito de carbono aumentando a credibilidade do mercado brasileiro, a gente vai ter uma maior atratividade dos nossos créditos de carbono a níveis internacionais.”

O estudo da FGV aponta para a necessidade urgente de reformas para garantir a eficácia do mercado voluntário de carbono e sua contribuição efetiva para a mitigação das mudanças climáticas.

Mercado de carbono pode gerar US$ 120 bilhões para o Brasil até 2030

Regulamentação do mercado de carbono pode aumentar PIB em 5%, estima CNI

Armazenamento de CO2 pode ajudar no cumprimento das metas de redução de emissões de gases

O que é mercado de carbono

O mercado de crédito de carbono é um sistema de compensação de emissão de carbono. Funciona assim: cada empresa tem um limite determinado para emitir gases de efeito estufa. As que emitem menos ficam com créditos, que podem ser vendidos àquelas que passaram do limite. O crédito de carbono equivale a 1 tonelada de gás carbônico (CO²) ou outros gases que deixou de ser emitida para a atmosfera. 

Os mercados de carbono passaram a ganhar mais ênfase em todo o mundo desde a assinatura, por países da Organização das Nações Unidas (ONU), do Protocolo de Kyoto, em 1997. O acordo entre as nações estabeleceu a meta de que países desenvolvidos deveriam diminuir em 5,2% suas emissões de gases que provocam o chamado efeito estufa. A redução deveria ocorrer até 2012. Já em 2015, com a assinatura do Acordo de Paris, as metas foram renovadas e passaram a contar com incentivos à iniciativa privada. 

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PREVISÃO DO TEMPO: nesta sexta-feira (26) há alerta para baixa umidade na Paraíba

A temperatura pode variar entre 15ºC e 33ºC

Nesta sexta-feira (26), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de baixa umidade no sertão paraibano, atingindo cidades como Patos, Piancó e São Bento.

O dia começa com chuva isolada na mata e agreste paraibanos. Durante a tarde, as chuvas também atingem as microrregiões do Sertão do Seridó Oriental Paraibano e Sertão do Cariri Oriental. À noite, as chuvas continuam apenas na mata paraibana.

A temperatura mínima fica em torno de 15°C, em Soledade; e a máxima prevista é de 33ºC, em Catingueira. A umidade relativa do ar varia entre 65% e 95%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.

 

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PREVISÃO DO TEMPO: nesta sexta-feira (26) há alerta para baixa umidade em Pernambuco

A temperatura pode variar entre 14°C e 31ºC

Nesta sexta-feira (26), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de baixa umidade em São Francisco e Sertão Pernambucano.

Durante a manhã e à tarde, a previsão é de chuvas isoladas na mata e agreste pernambucanos e metropolitana de Recife, atingindo cidades como Goiana, Caruaru e Buíque. Nas demais regiões do estado, há variação entre muitas e poucas nuvens. À noite, as chuvas continuam apenas na mata pernambucana e metropolitana de Recife.

A temperatura mínima fica em torno de 14°C, em São José do Egito. A máxima prevista é de 31ºC, em Jatobá. A umidade relativa do ar varia entre 65% e 100%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
 

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