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CFEM: Minas Gerais e Pará foram os estados que mais receberam recursos em dezembro de 2023

Entre os municípios produtores que mais receberam royalties da mineração estão Parauapebas (PA), Canaã dos Carajás (PA) e Conceição do Mato Dentro (MG)

Minas Gerais (MG) e Pará (PA) foram os estados que mais receberam recursos referentes à Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) em dezembro de 2023. O valor é referente à cota-parte da CFEM arrecadada no último mês do ano passado e que está sendo distribuída regularmente em janeiro de 2024. A arrecadação foi maior no estado mineiro com mais de R$ 39 milhões. O governo paraense recebeu mais de R$ 33 milhões. Entre os municípios produtores que mais receberam royalties da mineração estão Parauapebas (PA), com cerca de R$ 62 milhões, Canaã dos Carajás (PA), com R$ 51,6 milhões, e Conceição do Mato Dentro (MG), com pouco mais de R$ 24,3 milhões recebidos.

Segundo o superintendente de Arrecadação e Fiscalização de Receitas da Agência Nacional de Mineração (ANM), Daniel Pollack, para esses estados a mineração é uma atividade econômica muito relevante, que compõe um percentual significativo do PIB relacionado à atividade de mineração sendo um valor proporcionalmente maior para essas regiões.

“A CFEM para os estados é de 15% do que é arrecadado, então são valores significativos que podem ser investidos pelos próprios governos estaduais para uma melhoria da qualidade de vida e projetos de investimentos para a população”, relata.

O advogado especialista em mineração Alexandre Sion lembra que aconteceram mudanças importantes nos percentuais e na base de cálculo da arrecadação do CFEM. “Isso, obviamente, trouxe um aumento na arrecadação. Teve uma preocupação do setor em relação ao impacto que essas mudanças, esse aumento traria para o setor, mas de um modo geral, ao longo do tempo isso foi se equalizando”, destaca.

A ANM já começou a distribuição do montante de R$ 487.785.640,59 aos estados e municípios produtores minerais. Do total a ser distribuído, R$ 82.612.787,36 vão para os estados e o Distrito Federal — e R$ 330.249.557,60 para 1.934 municípios produtores.

“O CFEM tem o objetivo de promover o desenvolvimento socioeconômico regional, com diversificação das atividades, particularmente nas regiões onde ocorrem as atividades de mineração ou onde há algum impacto”, salienta Miguel Nery, engenheiro de minas, doutor em geociências e consultor.

De acordo com a ANM, o dinheiro da CFEM, conhecida como o “royalty da mineração”, é arrecadado junto às empresas que exploram o setor no Brasil e depois repassado mensalmente pela agência aos municípios que produzem minérios e, também, aos municípios que não produzem — mas que acabam sendo afetados pela extração mineral.

O superintendente de Arrecadação e Fiscalização de Receitas da ANM, Daniel Pollack, diz que já foram distribuídos 477 milhões de reais para os municípios e estados produtores, neste mês.

“Estamos finalizando a distribuição também essa semana para os municípios afetados. Tivemos mais de 2.700 municípios produtores, o que corresponde quase metade do número de municípios do país. São 2 mil municípios afetados. Eles também podem ser produtores de uma substância, afetados por outras”. Ele ainda conclui “A gente tem um número que vai dar mais de 4.400 municípios, que vai abranger 85% do número de municípios do país”.

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Créditos de Carbono no Brasil: emissões despencam e mercado enfrenta crise

Estudo aponta redução drástica na emissão de créditos e destaca necessidade urgente de reformas para garantir a credibilidade e eficácia do setor

Um estudo recente do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou uma significativa queda no mercado voluntário de carbono no Brasil em 2023. Em comparação com 2021, que foi um ano recorde, o volume de créditos emitidos caiu 89%, e o volume de créditos aposentados diminuiu 44%. O estudo destaca a necessidade de melhorias no mercado para assegurar sua credibilidade e sustentabilidade. André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental e ESG, explica.

“De fato, houve uma redução dentro do mercado brasileiro nas emissões dos créditos. Isso decorre muito de uma expectativa de regulação do mercado de carbono com o PL 2148 de 2015. De fato, a ausência dessa regulamentação leva a uma ausência de credibilidade do nosso crédito, uma ausência de exigibilidade de compensação, desaquecendo o mercado brasileiro do crédito de carbono. Então, isso é prejudicial para esse mercado no Brasil, porque, de fato, a espera de uma regulamentação cria graus de incerteza muito grandes dentro do mercado local.”

O estudo da FGV destaca que, apesar do crescimento inicial do mercado, diversos problemas persistem, comprometendo a credibilidade e a sustentabilidade a longo prazo do mercado voluntário de carbono. Entre os principais desafios, destaca-se a dificuldade em assegurar que os créditos de carbono realmente representem reduções reais, adicionais e permanentes das emissões de gases do efeito estufa. O especialista André Pereira de Morais Garcia explica os desafios do mercado de carbono no Brasil. 

“Um dos grandes desafios é de fato a aprovação do PL 2148 de 2015; e não só a aprovação, como a gente comenta diversas vezes, mas a implementação desse sistema, a integralização desse sistema para que comecem a ser emitidos créditos de carbonos dentro desse mercado regulado. E especialmente não basta só a lei federal ser publicada, mas também um decreto regulamentador estabelecendo as diretrizes básicas e como que vai funcionar tudo isso.”

Projetos de crédito de carbono no Brasil

O estudo da FGV também mostrou uma leve recuperação em 2023, com a emissão de 3,38 milhões de créditos provenientes de pouco mais de dez projetos. No entanto, a distribuição dos projetos foi desigual. As regiões Norte e Nordeste destacaram-se com quatro e três projetos, respectivamente, enquanto as regiões Centro-Oeste e Sudeste tiveram dois projetos cada e o Sul teve apenas um.
Além disso, houve uma mudança na composição dos créditos: em 2021, os créditos de energia renovável representavam 29% do total, enquanto os créditos de florestas e uso da terra correspondiam a 65%. Em 2023, os créditos de energia renovável aumentaram para 45%, e os créditos de florestas e uso da terra diminuíram para 41%. 

Além disso, os estados que tradicionalmente eram focados em projetos de florestas e uso da terra, como Mato Grosso, Amapá e Acre, não emitiram mais créditos em 2023. Em contraste, estados como Goiás e Rondônia começaram a ganhar relevância. Os dados também mostram uma redução no número de estados com projetos de créditos de carbono, de dez para cinco. Os estados que eram líderes em emissões de créditos, como Rio Grande do Sul e Piauí, viram uma redução significativa, enquanto a gestão de resíduos, anteriormente ativa em vários estados, agora está restrita a Minas Gerais. 

André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental/ESG, destacou a importância e o potencial do mercado de crédito de carbono no Brasil.

“O Brasil tem um potencial de crédito de carbono gigantesco, podendo trazer uma movimentação de bilhões de reais dentro da economia. E, de fato, com a regulamentação do mercado de crédito de carbono aumentando a credibilidade do mercado brasileiro, a gente vai ter uma maior atratividade dos nossos créditos de carbono a níveis internacionais.”

O estudo da FGV aponta para a necessidade urgente de reformas para garantir a eficácia do mercado voluntário de carbono e sua contribuição efetiva para a mitigação das mudanças climáticas.

Mercado de carbono pode gerar US$ 120 bilhões para o Brasil até 2030

Regulamentação do mercado de carbono pode aumentar PIB em 5%, estima CNI

Armazenamento de CO2 pode ajudar no cumprimento das metas de redução de emissões de gases

O que é mercado de carbono

O mercado de crédito de carbono é um sistema de compensação de emissão de carbono. Funciona assim: cada empresa tem um limite determinado para emitir gases de efeito estufa. As que emitem menos ficam com créditos, que podem ser vendidos àquelas que passaram do limite. O crédito de carbono equivale a 1 tonelada de gás carbônico (CO²) ou outros gases que deixou de ser emitida para a atmosfera. 

Os mercados de carbono passaram a ganhar mais ênfase em todo o mundo desde a assinatura, por países da Organização das Nações Unidas (ONU), do Protocolo de Kyoto, em 1997. O acordo entre as nações estabeleceu a meta de que países desenvolvidos deveriam diminuir em 5,2% suas emissões de gases que provocam o chamado efeito estufa. A redução deveria ocorrer até 2012. Já em 2015, com a assinatura do Acordo de Paris, as metas foram renovadas e passaram a contar com incentivos à iniciativa privada. 

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PREVISÃO DO TEMPO: nesta sexta-feira (26) há alerta para baixa umidade na Paraíba

A temperatura pode variar entre 15ºC e 33ºC

Nesta sexta-feira (26), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de baixa umidade no sertão paraibano, atingindo cidades como Patos, Piancó e São Bento.

O dia começa com chuva isolada na mata e agreste paraibanos. Durante a tarde, as chuvas também atingem as microrregiões do Sertão do Seridó Oriental Paraibano e Sertão do Cariri Oriental. À noite, as chuvas continuam apenas na mata paraibana.

A temperatura mínima fica em torno de 15°C, em Soledade; e a máxima prevista é de 33ºC, em Catingueira. A umidade relativa do ar varia entre 65% e 95%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.

 

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PREVISÃO DO TEMPO: nesta sexta-feira (26) há alerta para baixa umidade em Pernambuco

A temperatura pode variar entre 14°C e 31ºC

Nesta sexta-feira (26), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de baixa umidade em São Francisco e Sertão Pernambucano.

Durante a manhã e à tarde, a previsão é de chuvas isoladas na mata e agreste pernambucanos e metropolitana de Recife, atingindo cidades como Goiana, Caruaru e Buíque. Nas demais regiões do estado, há variação entre muitas e poucas nuvens. À noite, as chuvas continuam apenas na mata pernambucana e metropolitana de Recife.

A temperatura mínima fica em torno de 14°C, em São José do Egito. A máxima prevista é de 31ºC, em Jatobá. A umidade relativa do ar varia entre 65% e 100%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
 

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