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Com alta nos casos de dengue, governo do DF recolhe cerca de 15 mil pneus para descarte

A capital registrou um aumento de 646,5% no número de casos prováveis da doença

O número de casos prováveis de dengue no Distrito Federal registrou um aumento de 646,5% na Semana Epidemiológica (SE) 03 (31/12/2023 a 20/01/2024) em comparação com o mesmo período de 2023, segundo dados da Secretaria de Saúde da capital. Somente neste ano, foram notificados 17.150 casos suspeitos de dengue. Destes, 16.628 eram prováveis. Dos casos prováveis, 96,6% são residentes no DF.

Em meio a alta registrada de casos da doença, o governo do DF está intensificando ações de combate e prevenção ao mosquito transmissor da doença. Na última terça-feira (23) uma operação recolheu cerca de 15 mil pneus que estavam armazenados de forma irregular em uma empresa no Riacho Fundo II.

Conforme o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), 35 garis do trabalharam durante o dia para remover os pneus do galpão. Foram recolhidos aproximadamente 45 toneladas de pneus. Os itens foram encaminhados para o depósito do SLU para receber a destinação correta. No Distrito Federal, as punições para quem descarta incorretamente resíduos, entre outros itens, podem variar entre notificações e multas, que vão de R$ 2.799 ou até R$ 27.799.

Além da atuação no Riacho Fundo II, outras equipes foram escaladas para operações em Ceilândia para erradicar possíveis pontos de proliferação do mosquito. Em Taguatinga, a operação DF Livre de Carcaças foi retomada. Cerca de 86 áreas foram mapeadas e 20 carcaças de veículos que acumulavam seis focos de dengue foram removidas. Os carros recolhidos foram levados para o depósito do 3º Distrito Rodoviário, do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) e para o depósito do Detran, onde os agentes de Vigilância Ambiental aplicam soluções na água parada para realizarem o controle vetorial.

Em nota, a SES-DF informou que todas as regiões que estão apresentando aumento de casos estão “recebendo ações intensificadas nas últimas semanas, com aumento de visitas domiciliares, eliminação de criadouros, aplicação de pastilhas larvicidas nos depósitos em que são encontradas as larvas, aplicação de UBV Costal e UBV pesado (fumacê)”. De acordo com a pasta, nesta quarta-feira (24) o fumacê deve passar pelas regiões de: Planaltina, Arniqueira, Sobradinho II, Taguatinga e Brazlândia.

Além dessas ações a todos os dias, cerca de 700 profissionais dos 15 núcleos de Vigilância Ambiental fazem visitas a imóveis em busca do Aedes aegypti. Segundo a SES-DF, os profissionais atuam na inspeção, verificação e eliminação de possíveis criadouros. São verificados terrenos abandonados, residencias, borracharias, floriculturas e outros espaços considerados de risco para a proliferação.

Dengue no Distrito Federal

Ainda conforme a SES-DF, as regiões administrativas que mais apresentaram casos prováveis de dengue foram: Ceilândia (3.963 casos), seguida das regiões Sol Nascente/Por do Sol (1.110 casos prováveis), Brazlândia (1.045 casos), Samambaia (997 casos prováveis) e Taguatinga (868 casos prováveis). Essas cinco regiões concentraram 49,6% (n= 7.983) dos casos prováveis de dengue do DF.

Com relação aos casos graves da doença, a secretaria informou que foram notificados 329 casos de dengue com sinais de alarme, (2,05% do total de casos prováveis). Até a última segunda-feira (22) foram registrados 18 mortes suspeitas de dengue em residentes da capital. Destas, 15 mortes estão em investigação e 3 foram confirmadas.

Na capital, os serviços de saúde de onze UBS’s estão funcionando em horário ampliado das 7h até 22h para garantir o atendimento dos pacientes com casos de dengue. O infectologista Fernando Chagas orienta que ao detectar qualquer sinal preocupante, é necessário buscar atendimento médico.

“A dengue é uma doença que geralmente se inicia com febre alta, com dor de cabeça, dor também ao redor dos olhos. Também pode apresentar dor articular. Então, nem toda doença febril com dor articular, é necessariamente a chikungunya. Lembrando que até a metade das pessoas pode se apresentar com manchas na pele, que geralmente aparecem depois do segundo ou terceiro dia da doença. E se começar a apresentar dor de barriga e vômitos, precisa ser considerado o risco de forma grave e a pessoa precisa imediatamente buscar uma urgência. Não esquecer que a dengue é uma doença que infelizmente pode matar”, alerta.

Preocupado com o crescimento do número de casos no Distrito Federal, o empresário Felipe Oliveira conta que tem procurado se prevenir contra a dengue. “A gente está redobrando o cuidado aqui em casa. Colocando areia nos vasos de plantas, tirando água da calha, não deixando acumular nenhum entulho, porque realmente tem que ter essa preocupação”.

Como se prevenir?

O Ministério da Saúde recomenda que a população siga com os cuidados para impedir a proliferação do Aedes aegypti, como: não acumular água em lajes ou calhas, evitar o acúmulo de itens como garrafas, pneus em áreas descobertas, colocar areia nos vasos de planta, cobrir caixas d’água e fazer uso de repelentes quando estiver em locais considerados como áreas de infestação.

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Créditos de Carbono no Brasil: emissões despencam e mercado enfrenta crise

Estudo aponta redução drástica na emissão de créditos e destaca necessidade urgente de reformas para garantir a credibilidade e eficácia do setor

Um estudo recente do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou uma significativa queda no mercado voluntário de carbono no Brasil em 2023. Em comparação com 2021, que foi um ano recorde, o volume de créditos emitidos caiu 89%, e o volume de créditos aposentados diminuiu 44%. O estudo destaca a necessidade de melhorias no mercado para assegurar sua credibilidade e sustentabilidade. André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental e ESG, explica.

“De fato, houve uma redução dentro do mercado brasileiro nas emissões dos créditos. Isso decorre muito de uma expectativa de regulação do mercado de carbono com o PL 2148 de 2015. De fato, a ausência dessa regulamentação leva a uma ausência de credibilidade do nosso crédito, uma ausência de exigibilidade de compensação, desaquecendo o mercado brasileiro do crédito de carbono. Então, isso é prejudicial para esse mercado no Brasil, porque, de fato, a espera de uma regulamentação cria graus de incerteza muito grandes dentro do mercado local.”

O estudo da FGV destaca que, apesar do crescimento inicial do mercado, diversos problemas persistem, comprometendo a credibilidade e a sustentabilidade a longo prazo do mercado voluntário de carbono. Entre os principais desafios, destaca-se a dificuldade em assegurar que os créditos de carbono realmente representem reduções reais, adicionais e permanentes das emissões de gases do efeito estufa. O especialista André Pereira de Morais Garcia explica os desafios do mercado de carbono no Brasil. 

“Um dos grandes desafios é de fato a aprovação do PL 2148 de 2015; e não só a aprovação, como a gente comenta diversas vezes, mas a implementação desse sistema, a integralização desse sistema para que comecem a ser emitidos créditos de carbonos dentro desse mercado regulado. E especialmente não basta só a lei federal ser publicada, mas também um decreto regulamentador estabelecendo as diretrizes básicas e como que vai funcionar tudo isso.”

Projetos de crédito de carbono no Brasil

O estudo da FGV também mostrou uma leve recuperação em 2023, com a emissão de 3,38 milhões de créditos provenientes de pouco mais de dez projetos. No entanto, a distribuição dos projetos foi desigual. As regiões Norte e Nordeste destacaram-se com quatro e três projetos, respectivamente, enquanto as regiões Centro-Oeste e Sudeste tiveram dois projetos cada e o Sul teve apenas um.
Além disso, houve uma mudança na composição dos créditos: em 2021, os créditos de energia renovável representavam 29% do total, enquanto os créditos de florestas e uso da terra correspondiam a 65%. Em 2023, os créditos de energia renovável aumentaram para 45%, e os créditos de florestas e uso da terra diminuíram para 41%. 

Além disso, os estados que tradicionalmente eram focados em projetos de florestas e uso da terra, como Mato Grosso, Amapá e Acre, não emitiram mais créditos em 2023. Em contraste, estados como Goiás e Rondônia começaram a ganhar relevância. Os dados também mostram uma redução no número de estados com projetos de créditos de carbono, de dez para cinco. Os estados que eram líderes em emissões de créditos, como Rio Grande do Sul e Piauí, viram uma redução significativa, enquanto a gestão de resíduos, anteriormente ativa em vários estados, agora está restrita a Minas Gerais. 

André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental/ESG, destacou a importância e o potencial do mercado de crédito de carbono no Brasil.

“O Brasil tem um potencial de crédito de carbono gigantesco, podendo trazer uma movimentação de bilhões de reais dentro da economia. E, de fato, com a regulamentação do mercado de crédito de carbono aumentando a credibilidade do mercado brasileiro, a gente vai ter uma maior atratividade dos nossos créditos de carbono a níveis internacionais.”

O estudo da FGV aponta para a necessidade urgente de reformas para garantir a eficácia do mercado voluntário de carbono e sua contribuição efetiva para a mitigação das mudanças climáticas.

Mercado de carbono pode gerar US$ 120 bilhões para o Brasil até 2030

Regulamentação do mercado de carbono pode aumentar PIB em 5%, estima CNI

Armazenamento de CO2 pode ajudar no cumprimento das metas de redução de emissões de gases

O que é mercado de carbono

O mercado de crédito de carbono é um sistema de compensação de emissão de carbono. Funciona assim: cada empresa tem um limite determinado para emitir gases de efeito estufa. As que emitem menos ficam com créditos, que podem ser vendidos àquelas que passaram do limite. O crédito de carbono equivale a 1 tonelada de gás carbônico (CO²) ou outros gases que deixou de ser emitida para a atmosfera. 

Os mercados de carbono passaram a ganhar mais ênfase em todo o mundo desde a assinatura, por países da Organização das Nações Unidas (ONU), do Protocolo de Kyoto, em 1997. O acordo entre as nações estabeleceu a meta de que países desenvolvidos deveriam diminuir em 5,2% suas emissões de gases que provocam o chamado efeito estufa. A redução deveria ocorrer até 2012. Já em 2015, com a assinatura do Acordo de Paris, as metas foram renovadas e passaram a contar com incentivos à iniciativa privada. 

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PREVISÃO DO TEMPO: nesta sexta-feira (26) há alerta para baixa umidade na Paraíba

A temperatura pode variar entre 15ºC e 33ºC

Nesta sexta-feira (26), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de baixa umidade no sertão paraibano, atingindo cidades como Patos, Piancó e São Bento.

O dia começa com chuva isolada na mata e agreste paraibanos. Durante a tarde, as chuvas também atingem as microrregiões do Sertão do Seridó Oriental Paraibano e Sertão do Cariri Oriental. À noite, as chuvas continuam apenas na mata paraibana.

A temperatura mínima fica em torno de 15°C, em Soledade; e a máxima prevista é de 33ºC, em Catingueira. A umidade relativa do ar varia entre 65% e 95%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.

 

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PREVISÃO DO TEMPO: nesta sexta-feira (26) há alerta para baixa umidade em Pernambuco

A temperatura pode variar entre 14°C e 31ºC

Nesta sexta-feira (26), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de baixa umidade em São Francisco e Sertão Pernambucano.

Durante a manhã e à tarde, a previsão é de chuvas isoladas na mata e agreste pernambucanos e metropolitana de Recife, atingindo cidades como Goiana, Caruaru e Buíque. Nas demais regiões do estado, há variação entre muitas e poucas nuvens. À noite, as chuvas continuam apenas na mata pernambucana e metropolitana de Recife.

A temperatura mínima fica em torno de 14°C, em São José do Egito. A máxima prevista é de 31ºC, em Jatobá. A umidade relativa do ar varia entre 65% e 100%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
 

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