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Covid-19: estados do Norte apresentam tendência de alta nos casos da doença

Amazonas, Pará e Tocantins são os principais estados que registraram crescimento

As regiões Norte e Nordeste vêm apresentando uma tendência de crescimento de casos de Covid-19 nas últimas semanas, de acordo com a Fiocruz. O período do carnaval preocupa especialistas nesse sentido, já que a aglomeração é a principal característica da folia. Por isso alguns cuidados devem ser mantidos nessa época, especialmente com pessoas dos grupos de risco.

No Norte, 8.757 casos de Covid-19 foram registrados de 1º a 27 de janeiro deste ano. No Nordeste foram 7.190 novos casos no período. Os dois representam quase a metade dos registros do país (34.833), de acordo com dados do Ministério da Saúde.

O último boletim Infogripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (8), mostra que entre as capitais, oito apresentam sinal de aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19: Belém (PA), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).

O pesquisador e coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, fala sobre essa tendência de alta no Norte, que antes foi observada em outras regiões do país.

“Nós temos alguns estados da região Norte que iniciaram o processo na virada do ano, início de janeiro, que ainda estão apresentando sinal de crescimento, especificamente por Covid-19. Os principais estados que estão nessa situação são Amazonas, Pará, Tocantins, além do estado do Mato Grosso, no Centro-Oeste”, explica.

A infectologista Clarissa Cerqueira reforça que após o carnaval existe um risco ainda maior de aumento de casos de Covid-19 em diversos locais, por isso manter a vacinação em dia é ainda mais importante.

“A gente vem observando uma tendência de aumento de casos e isso muito provavelmente tem a ver com as festas de final de ano, com essa proximidade, e também com a vacinação. A gente não pode esquecer que tem doses extras, de reforço, e que isso pode interferir no vírus que está circulando e no número de casos”, analisa.

Cuidados

A professora Josivalda Alves, que mora no bairro da Paralela, em Salvador, vai aproveitar a folia mas não deixará de lado a prevenção.

“Alguns cuidados são sempre importantes para evitar mais contaminação, por exemplo eu estou levando o meu álcool. Antes de comer, quando percebo que minha mão está suja, eu vou usando, deixo no bolso. Outra coisa, eu tomei todas as doses [da vacina]. Acabou o carnaval, dá um tempo para encontrar pessoas idosas da sua família, porque a gente nunca sabe quando vai estar contaminando outras pessoas”, comenta.

Na Bahia, em janeiro, 1.073 novos casos de Covid e 13 mortes pela doença foram registrados, 468 casos e três mortes em Salvador. Na capital baiana, até o momento, 1.768.801 pessoas tomaram a dose de reforço da vacina (3ª dose). Já a 4ª dose foi aplicada em 927.956 pessoas e a 5ª em 6.495. Mais de 620 mil tomaram a vacina bivalente.

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Créditos de Carbono no Brasil: emissões despencam e mercado enfrenta crise

Estudo aponta redução drástica na emissão de créditos e destaca necessidade urgente de reformas para garantir a credibilidade e eficácia do setor

Um estudo recente do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou uma significativa queda no mercado voluntário de carbono no Brasil em 2023. Em comparação com 2021, que foi um ano recorde, o volume de créditos emitidos caiu 89%, e o volume de créditos aposentados diminuiu 44%. O estudo destaca a necessidade de melhorias no mercado para assegurar sua credibilidade e sustentabilidade. André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental e ESG, explica.

“De fato, houve uma redução dentro do mercado brasileiro nas emissões dos créditos. Isso decorre muito de uma expectativa de regulação do mercado de carbono com o PL 2148 de 2015. De fato, a ausência dessa regulamentação leva a uma ausência de credibilidade do nosso crédito, uma ausência de exigibilidade de compensação, desaquecendo o mercado brasileiro do crédito de carbono. Então, isso é prejudicial para esse mercado no Brasil, porque, de fato, a espera de uma regulamentação cria graus de incerteza muito grandes dentro do mercado local.”

O estudo da FGV destaca que, apesar do crescimento inicial do mercado, diversos problemas persistem, comprometendo a credibilidade e a sustentabilidade a longo prazo do mercado voluntário de carbono. Entre os principais desafios, destaca-se a dificuldade em assegurar que os créditos de carbono realmente representem reduções reais, adicionais e permanentes das emissões de gases do efeito estufa. O especialista André Pereira de Morais Garcia explica os desafios do mercado de carbono no Brasil. 

“Um dos grandes desafios é de fato a aprovação do PL 2148 de 2015; e não só a aprovação, como a gente comenta diversas vezes, mas a implementação desse sistema, a integralização desse sistema para que comecem a ser emitidos créditos de carbonos dentro desse mercado regulado. E especialmente não basta só a lei federal ser publicada, mas também um decreto regulamentador estabelecendo as diretrizes básicas e como que vai funcionar tudo isso.”

Projetos de crédito de carbono no Brasil

O estudo da FGV também mostrou uma leve recuperação em 2023, com a emissão de 3,38 milhões de créditos provenientes de pouco mais de dez projetos. No entanto, a distribuição dos projetos foi desigual. As regiões Norte e Nordeste destacaram-se com quatro e três projetos, respectivamente, enquanto as regiões Centro-Oeste e Sudeste tiveram dois projetos cada e o Sul teve apenas um.
Além disso, houve uma mudança na composição dos créditos: em 2021, os créditos de energia renovável representavam 29% do total, enquanto os créditos de florestas e uso da terra correspondiam a 65%. Em 2023, os créditos de energia renovável aumentaram para 45%, e os créditos de florestas e uso da terra diminuíram para 41%. 

Além disso, os estados que tradicionalmente eram focados em projetos de florestas e uso da terra, como Mato Grosso, Amapá e Acre, não emitiram mais créditos em 2023. Em contraste, estados como Goiás e Rondônia começaram a ganhar relevância. Os dados também mostram uma redução no número de estados com projetos de créditos de carbono, de dez para cinco. Os estados que eram líderes em emissões de créditos, como Rio Grande do Sul e Piauí, viram uma redução significativa, enquanto a gestão de resíduos, anteriormente ativa em vários estados, agora está restrita a Minas Gerais. 

André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental/ESG, destacou a importância e o potencial do mercado de crédito de carbono no Brasil.

“O Brasil tem um potencial de crédito de carbono gigantesco, podendo trazer uma movimentação de bilhões de reais dentro da economia. E, de fato, com a regulamentação do mercado de crédito de carbono aumentando a credibilidade do mercado brasileiro, a gente vai ter uma maior atratividade dos nossos créditos de carbono a níveis internacionais.”

O estudo da FGV aponta para a necessidade urgente de reformas para garantir a eficácia do mercado voluntário de carbono e sua contribuição efetiva para a mitigação das mudanças climáticas.

Mercado de carbono pode gerar US$ 120 bilhões para o Brasil até 2030

Regulamentação do mercado de carbono pode aumentar PIB em 5%, estima CNI

Armazenamento de CO2 pode ajudar no cumprimento das metas de redução de emissões de gases

O que é mercado de carbono

O mercado de crédito de carbono é um sistema de compensação de emissão de carbono. Funciona assim: cada empresa tem um limite determinado para emitir gases de efeito estufa. As que emitem menos ficam com créditos, que podem ser vendidos àquelas que passaram do limite. O crédito de carbono equivale a 1 tonelada de gás carbônico (CO²) ou outros gases que deixou de ser emitida para a atmosfera. 

Os mercados de carbono passaram a ganhar mais ênfase em todo o mundo desde a assinatura, por países da Organização das Nações Unidas (ONU), do Protocolo de Kyoto, em 1997. O acordo entre as nações estabeleceu a meta de que países desenvolvidos deveriam diminuir em 5,2% suas emissões de gases que provocam o chamado efeito estufa. A redução deveria ocorrer até 2012. Já em 2015, com a assinatura do Acordo de Paris, as metas foram renovadas e passaram a contar com incentivos à iniciativa privada. 

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PREVISÃO DO TEMPO: sexta-feira (26) tem chuva no Rio Grande do Sul

A temperatura pode variar entre 7ºC e 29ºC

Nesta sexta-feira (26), o dia começa com chuvas isoladas no noroeste, nordeste e centro oriental gaúcho. Possibilidade de chuva na metropolitana de Porto Alegre, sudeste e centro oriental gaúcho. Sem previsão de chuvas no sudoeste. 

Durante a tarde, há possibilidade de chuva nas microrregiões de Santa Rosa, Três Passos, Frederico Westphalen, Erechim, Sananduva, Carazinho, Passo Fundo e Vacaria. Nas demais localidades, sem previsão de chuva. 

À noite, há possibilidade de chuva na metropolitana de Porto Alegre, nordeste e noroeste gaúcho. 

A temperatura mínima fica em torno de 7°C, em Santa Vitória do Palmar, e a máxima prevista é de 29ºC, em São Borja. A umidade relativa do ar varia entre 65% e 95%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
 

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PREVISÃO DO TEMPO: sexta-feira (26) com alerta para baixa umidade no Acre

A temperatura pode variar entre 21ºC e 38ºC

Nesta sexta-feira (26), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de baixa umidade no Vale do Acre, em cidades como Brasiléia e Epitaciolândia.

O dia começa com tempo encoberto na microrregião de Cruzeiro do Sul e na cidade de Tarauacá. Durante a tarde, há possibilidade de chuva no Vale do Juruá. À noite, poucas nuvens em quase todo o estado, com exceção do município de Mâncio Lima, onde o tempo fica encoberto.

A temperatura mínima fica em torno de 21°C, em Rio Branco, e a máxima prevista é de 38ºC, em Acrelândia. A umidade relativa do ar varia entre 40% e 60%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
 

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