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Em 2024, o Brasil já registrou mais de 2,6 milhões de casos prováveis de dengue

A região Sudeste apresentou o maior número de casos prováveis (1.700.122)

Em 2024, o Brasil já registrou 2.671.332 casos prováveis de dengue e 1.020 mortes decorrentes da doença. A região Sudeste registrou o maior número de casos prováveis (1.700.122), seguida pelo Sul (420.502), Centro-Oeste (357.065), Nordeste (156.210) e Norte (37.433). As informações são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde.

Segundo a pasta, a dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Embora todas as idades estejam vulneráveis à doença, os idosos e aqueles com condições crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, enfrentam um maior risco de desenvolver casos graves.

Milton Júnior, professor dos cursos de medicina e biomedicina do Centro Universitário de Brasília (Ceub) e doutor em ciências médicas, explica que uma das grandes complicações da dengue é o grande consumo de plaquetas, podendo levar o paciente a evoluir para dengue grave.

“A transfusão de plaquetas se torna uma demanda importante dentro da dengue justamente para evitar que o quadro do paciente piore. Por isso é importante a doação de plaquetas hoje, para uma situação de emergência, de precisar uma transfusão de plaquetas em uma dengue grave — dengue hemorrágica. Você tem essas bolsas de concentrado de plaquetas à disposição”, informa.

Como doar plaquetas?

Júnior destaca que a doação de plaquetas segue critérios específicos. Por exemplo, no Hemocentro de Brasília a doação acontece por aférese, ou seja, os componentes do sangue vão ser separados utilizando um equipamento automatizado.

“Ela é restrita a homens com tipo sanguíneo A ou O . É preciso ter feito pelo menos uma doação de sangue no Hemocentro nos últimos 18 meses, ter entre 18 e 55 anos, pesar mais de 60 quilos, dormir pelo menos 6 horas, não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação — e não fumar duas horas antes e não ter usado anti-inflamatório nos últimos cinco dias”, explica.

Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde em março, 11 unidades federativas e 407 municípios possuem decretos de emergência devido à dengue.

Veja as unidades federativas que possuem decretos:

  • Acre;
  • Amapá;
  • Distrito Federal;
  • Goiás;
  • Espírito Santo;
  • Minas Gerais;
  • Rio de Janeiro;
  • São Paulo;
  • Paraná;
  • Santa Catarina;
  • Rio Grande do Sul.

Centro-Oeste

O Distrito Federal registrou 192.981 casos prováveis de dengue e 207 mortes decorrentes da doença em 2024. Ellen Paula Ferreira, de 24 anos, é autônoma e moradora de Ceilândia, cidade da região administrativa do Distrito Federal. Ela relembra que pegou dengue na última semana de março.

“Meus sintomas foram dor de cabeça, enjoo, muita náusea, sempre cansada, dor atrás dos olhos e aquelas pintinhas vermelhas aparecendo, principalmente no meu rosto; falta de apetite e vontade de ficar apenas deitada”, explica.

Ela afirma que quando os primeiros sintomas apareceram, ela foi até um posto de saúde para confirmar a doença. A dengue não evoluiu para a forma mais grave, não sendo necessária a transfusão de plaquetas.

Para o Hemocentro de Brasília conseguir manter um estoque seguro, inclusive de plaquetas, capaz de atender toda a rede pública de saúde do Distrito Federal e hospitais conveniados, é preciso manter uma média diária de pelo menos 180 doações. De 1º de janeiro até 30 de março de 2024, a média de doações ficou em 163 doações. Segundo o Hemocentro, o número de doações se manteve abaixo da média e a demanda na rede pública aumentou.

Sudeste

No Rio de Janeiro, foram registrados 180.758 casos prováveis de dengue e 83 mortes neste ano. Antes da epidemia da doença, a média era de quatro doadores de plaquetas por dia no Hemorio, número suficiente para atender a rede hospitalar. Atualmente, o hemocentro precisa de 10 doadores por dia para atender à nova demanda.

Sul

Em 2024, o Paraná contabilizou 256.040 casos prováveis de dengue e 101 mortes decorrentes da doença. Os estoques de plaquetas estão estáveis no Hemocentro do Paraná, sendo que a média mensal de distribuição em 2024 é de 4.147 bolsas por mês.

Nordeste

Já na Bahia, foram registrados 101.423 casos prováveis de dengue e 35 mortes. Segundo a diretora de Hemoterapia da Hemoba, Rivânia Andrade, o estoque está crítico porque, além das demandas de outras doenças, houve um aumento das solicitações devido aos casos de dengue.

O hemocentro da Bahia recebe uma média mensal de 120 doadores de plaquetas por aférese.

Norte

Neste ano, o Acre registrou 6.448 casos prováveis de dengue, sem mortes decorrentes da doença. Já o Amapá contabilizou 3.389 casos prováveis e três mortes.

Fonte: Brasil61

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Créditos de Carbono no Brasil: emissões despencam e mercado enfrenta crise

Estudo aponta redução drástica na emissão de créditos e destaca necessidade urgente de reformas para garantir a credibilidade e eficácia do setor

Um estudo recente do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou uma significativa queda no mercado voluntário de carbono no Brasil em 2023. Em comparação com 2021, que foi um ano recorde, o volume de créditos emitidos caiu 89%, e o volume de créditos aposentados diminuiu 44%. O estudo destaca a necessidade de melhorias no mercado para assegurar sua credibilidade e sustentabilidade. André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental e ESG, explica.

“De fato, houve uma redução dentro do mercado brasileiro nas emissões dos créditos. Isso decorre muito de uma expectativa de regulação do mercado de carbono com o PL 2148 de 2015. De fato, a ausência dessa regulamentação leva a uma ausência de credibilidade do nosso crédito, uma ausência de exigibilidade de compensação, desaquecendo o mercado brasileiro do crédito de carbono. Então, isso é prejudicial para esse mercado no Brasil, porque, de fato, a espera de uma regulamentação cria graus de incerteza muito grandes dentro do mercado local.”

O estudo da FGV destaca que, apesar do crescimento inicial do mercado, diversos problemas persistem, comprometendo a credibilidade e a sustentabilidade a longo prazo do mercado voluntário de carbono. Entre os principais desafios, destaca-se a dificuldade em assegurar que os créditos de carbono realmente representem reduções reais, adicionais e permanentes das emissões de gases do efeito estufa. O especialista André Pereira de Morais Garcia explica os desafios do mercado de carbono no Brasil. 

“Um dos grandes desafios é de fato a aprovação do PL 2148 de 2015; e não só a aprovação, como a gente comenta diversas vezes, mas a implementação desse sistema, a integralização desse sistema para que comecem a ser emitidos créditos de carbonos dentro desse mercado regulado. E especialmente não basta só a lei federal ser publicada, mas também um decreto regulamentador estabelecendo as diretrizes básicas e como que vai funcionar tudo isso.”

Projetos de crédito de carbono no Brasil

O estudo da FGV também mostrou uma leve recuperação em 2023, com a emissão de 3,38 milhões de créditos provenientes de pouco mais de dez projetos. No entanto, a distribuição dos projetos foi desigual. As regiões Norte e Nordeste destacaram-se com quatro e três projetos, respectivamente, enquanto as regiões Centro-Oeste e Sudeste tiveram dois projetos cada e o Sul teve apenas um.
Além disso, houve uma mudança na composição dos créditos: em 2021, os créditos de energia renovável representavam 29% do total, enquanto os créditos de florestas e uso da terra correspondiam a 65%. Em 2023, os créditos de energia renovável aumentaram para 45%, e os créditos de florestas e uso da terra diminuíram para 41%. 

Além disso, os estados que tradicionalmente eram focados em projetos de florestas e uso da terra, como Mato Grosso, Amapá e Acre, não emitiram mais créditos em 2023. Em contraste, estados como Goiás e Rondônia começaram a ganhar relevância. Os dados também mostram uma redução no número de estados com projetos de créditos de carbono, de dez para cinco. Os estados que eram líderes em emissões de créditos, como Rio Grande do Sul e Piauí, viram uma redução significativa, enquanto a gestão de resíduos, anteriormente ativa em vários estados, agora está restrita a Minas Gerais. 

André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental/ESG, destacou a importância e o potencial do mercado de crédito de carbono no Brasil.

“O Brasil tem um potencial de crédito de carbono gigantesco, podendo trazer uma movimentação de bilhões de reais dentro da economia. E, de fato, com a regulamentação do mercado de crédito de carbono aumentando a credibilidade do mercado brasileiro, a gente vai ter uma maior atratividade dos nossos créditos de carbono a níveis internacionais.”

O estudo da FGV aponta para a necessidade urgente de reformas para garantir a eficácia do mercado voluntário de carbono e sua contribuição efetiva para a mitigação das mudanças climáticas.

Mercado de carbono pode gerar US$ 120 bilhões para o Brasil até 2030

Regulamentação do mercado de carbono pode aumentar PIB em 5%, estima CNI

Armazenamento de CO2 pode ajudar no cumprimento das metas de redução de emissões de gases

O que é mercado de carbono

O mercado de crédito de carbono é um sistema de compensação de emissão de carbono. Funciona assim: cada empresa tem um limite determinado para emitir gases de efeito estufa. As que emitem menos ficam com créditos, que podem ser vendidos àquelas que passaram do limite. O crédito de carbono equivale a 1 tonelada de gás carbônico (CO²) ou outros gases que deixou de ser emitida para a atmosfera. 

Os mercados de carbono passaram a ganhar mais ênfase em todo o mundo desde a assinatura, por países da Organização das Nações Unidas (ONU), do Protocolo de Kyoto, em 1997. O acordo entre as nações estabeleceu a meta de que países desenvolvidos deveriam diminuir em 5,2% suas emissões de gases que provocam o chamado efeito estufa. A redução deveria ocorrer até 2012. Já em 2015, com a assinatura do Acordo de Paris, as metas foram renovadas e passaram a contar com incentivos à iniciativa privada. 

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PREVISÃO DO TEMPO: sexta-feira (26) com alerta para baixa umidade no Pará

A temperatura pode variar entre 18ºC e 40ºC

Nesta sexta-feira (26), o Instituto Nacional de Meteorologia alerta para perigo potencial de baixa umidade no sudeste e sudoeste paraenses, atingindo cidades como São Félix do Xingu, Itaituba e Redenção    .

O dia começa com possibilidade de chuva no Baixo Amazonas e Marajó. Durante a tarde, as chuvas são fortes no Baixo Amazonas e nas cidades de Afuá, Chaves e Santa Cruz do Arari. À noite, há possibilidade de chuva no Baixo Amazonas, Marajó, metropolitana de Belém e nordeste paraense. 

A temperatura mínima fica em torno de 18°C, em Altamira, e a máxima prevista é de 40ºC, em Jacareacanga. A umidade relativa do ar varia entre 50% e 95%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
 

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PREVISÃO DO TEMPO: sexta-feira (26) com chuvas fortes em Roraima

A temperatura pode variar entre 16ºC e 34°C

Nesta sexta-feira (26), a previsão é de tempo encoberto, chuvas fortes e ventos intensos em todo o estado de Roraima durante o dia e à noite, atingindo cidades como Boa Vista, Caracaraí e Cantá.

A temperatura mínima fica em torno de 16°C, em Uiramutã, e a máxima prevista é de 34ºC em Rorainópolis. A umidade relativa do ar varia entre 70% e 95%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
 

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