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Estado de emergência zoossanitária por gripe aviária foi prorrogado por mais 180 dias

Segundo Ministério da Agricultura e Pecuária, ainda não foram registrados casos de circulação do vírus na criação comercial brasileira

O Brasil ainda não registrou casos de gripe aviária (H5N1) em aves para comercialização – como o frango –, mas decidiu prorrogar por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária. A medida foi adotada como forma preventiva, após detecção da infecção pelo vírus da influenza alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no ano passado, explica Marcelo de Andrade Mota, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

“A gente não tem ainda uma diminuição desse risco, o risco continua batendo a nossa porta. O Ministério da Agricultura propôs uma nova portaria para que se mantivesse as ações de vigilância e para os estados celebraram acordos com o Ministério da Agricultura contribuindo com essa vigilância em nível elevado”, observa.

De acordo com o diretor do departamento de saúde animal do MAPA, a prorrogação também permite que os estados tenham acesso aos recursos nos convênios que foram celebrados durante o ano passado.

“Nós estamos tratando agora da fase de renovação de acesso a esses recursos por parte dos estados para que eles possam manter todas essas ações de vigilância e prevenção para a doença. Não porque tenha acontecido nenhum fato novo, mas porque persistem ainda as condições”, esclarece.

A gripe aviária (H5N1)

Altamente contagiosa, a influenza aviária é uma doença viral que afeta várias espécies de aves domésticas e silvestres. Em alguns casos, pode ocorrer em mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos, e até mesmo o homem, conforme informações do MAPA.

A contaminação em espécies comerciais pode gerar consequências negativas ao comércio internacional de produtos avícolas. Em 2023, foi detectada pela primeira vez em território nacional em aves silvestres. Mas o Ministério da Agricultura e Pecuária garante que o episódio não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP para o comércio.

Transmissão e contágio

Atualmente, os principais fatores que contribuem para a transmissão da influenza aviária são os seguintes:

– A exposição direta a aves silvestres infectadas;
– Fluxo de pessoas e mercadorias ao redor do mundo – aumenta o risco de disseminação de doenças, incluindo a influenza aviária;
– Contato próximo entre diferentes espécies de aves e outros animais, assim como com o homem;

O professor Cristiano Barros da Universidade de Brasília (UNB) alerta para os perigos à população.

“É importante que as pessoas não toquem nesses animais, não tenham contato próximo, mais direto, porque eles podem estar com alguma doença. É preciso chamar um profissional. Se estiver na praia e encontrar algum animal silvestre, não tocar, não procurar interação, não levar para casa”, alerta.

O especialista acrescenta: “Quando uma doença dessa natureza chega, não existe medicamento. Não há o que se fazer, não tem a destruição dos animais e mitigação daquele foco ali no local”, lamenta.

Casos notificados

O primeiro caso de gripe aviária no Brasil foi registrado no dia 15 de maio de 2023, em aves silvestres. Próximo a um ano da detecção, 164 focos foram identificados, sendo apenas três em aves de subsistência nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

“Nas regiões próximas ao sistema de produção avícola industrial foram notificados este ano 13 focos, e, por isso, o monitoramento se faz necessário, porque essas aves migratórias têm movimentação — o que alerta para uma situação de risco”, ressalta Marcelo de Andrade (MAPA).

Ele relata que o último foco foi confirmado no dia 26 de abril de 2024, no Espírito Santo, mas tranquiliza a população. “Reforço que todos esses episódios não estão relacionados a uma unidade epidemiológica dentro de uma propriedade. Ou seja, não compromete a produção comercial”, destaca.

Fonte: Brasil61

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Créditos de Carbono no Brasil: emissões despencam e mercado enfrenta crise

Estudo aponta redução drástica na emissão de créditos e destaca necessidade urgente de reformas para garantir a credibilidade e eficácia do setor

Um estudo recente do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou uma significativa queda no mercado voluntário de carbono no Brasil em 2023. Em comparação com 2021, que foi um ano recorde, o volume de créditos emitidos caiu 89%, e o volume de créditos aposentados diminuiu 44%. O estudo destaca a necessidade de melhorias no mercado para assegurar sua credibilidade e sustentabilidade. André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental e ESG, explica.

“De fato, houve uma redução dentro do mercado brasileiro nas emissões dos créditos. Isso decorre muito de uma expectativa de regulação do mercado de carbono com o PL 2148 de 2015. De fato, a ausência dessa regulamentação leva a uma ausência de credibilidade do nosso crédito, uma ausência de exigibilidade de compensação, desaquecendo o mercado brasileiro do crédito de carbono. Então, isso é prejudicial para esse mercado no Brasil, porque, de fato, a espera de uma regulamentação cria graus de incerteza muito grandes dentro do mercado local.”

O estudo da FGV destaca que, apesar do crescimento inicial do mercado, diversos problemas persistem, comprometendo a credibilidade e a sustentabilidade a longo prazo do mercado voluntário de carbono. Entre os principais desafios, destaca-se a dificuldade em assegurar que os créditos de carbono realmente representem reduções reais, adicionais e permanentes das emissões de gases do efeito estufa. O especialista André Pereira de Morais Garcia explica os desafios do mercado de carbono no Brasil. 

“Um dos grandes desafios é de fato a aprovação do PL 2148 de 2015; e não só a aprovação, como a gente comenta diversas vezes, mas a implementação desse sistema, a integralização desse sistema para que comecem a ser emitidos créditos de carbonos dentro desse mercado regulado. E especialmente não basta só a lei federal ser publicada, mas também um decreto regulamentador estabelecendo as diretrizes básicas e como que vai funcionar tudo isso.”

Projetos de crédito de carbono no Brasil

O estudo da FGV também mostrou uma leve recuperação em 2023, com a emissão de 3,38 milhões de créditos provenientes de pouco mais de dez projetos. No entanto, a distribuição dos projetos foi desigual. As regiões Norte e Nordeste destacaram-se com quatro e três projetos, respectivamente, enquanto as regiões Centro-Oeste e Sudeste tiveram dois projetos cada e o Sul teve apenas um.
Além disso, houve uma mudança na composição dos créditos: em 2021, os créditos de energia renovável representavam 29% do total, enquanto os créditos de florestas e uso da terra correspondiam a 65%. Em 2023, os créditos de energia renovável aumentaram para 45%, e os créditos de florestas e uso da terra diminuíram para 41%. 

Além disso, os estados que tradicionalmente eram focados em projetos de florestas e uso da terra, como Mato Grosso, Amapá e Acre, não emitiram mais créditos em 2023. Em contraste, estados como Goiás e Rondônia começaram a ganhar relevância. Os dados também mostram uma redução no número de estados com projetos de créditos de carbono, de dez para cinco. Os estados que eram líderes em emissões de créditos, como Rio Grande do Sul e Piauí, viram uma redução significativa, enquanto a gestão de resíduos, anteriormente ativa em vários estados, agora está restrita a Minas Gerais. 

André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental/ESG, destacou a importância e o potencial do mercado de crédito de carbono no Brasil.

“O Brasil tem um potencial de crédito de carbono gigantesco, podendo trazer uma movimentação de bilhões de reais dentro da economia. E, de fato, com a regulamentação do mercado de crédito de carbono aumentando a credibilidade do mercado brasileiro, a gente vai ter uma maior atratividade dos nossos créditos de carbono a níveis internacionais.”

O estudo da FGV aponta para a necessidade urgente de reformas para garantir a eficácia do mercado voluntário de carbono e sua contribuição efetiva para a mitigação das mudanças climáticas.

Mercado de carbono pode gerar US$ 120 bilhões para o Brasil até 2030

Regulamentação do mercado de carbono pode aumentar PIB em 5%, estima CNI

Armazenamento de CO2 pode ajudar no cumprimento das metas de redução de emissões de gases

O que é mercado de carbono

O mercado de crédito de carbono é um sistema de compensação de emissão de carbono. Funciona assim: cada empresa tem um limite determinado para emitir gases de efeito estufa. As que emitem menos ficam com créditos, que podem ser vendidos àquelas que passaram do limite. O crédito de carbono equivale a 1 tonelada de gás carbônico (CO²) ou outros gases que deixou de ser emitida para a atmosfera. 

Os mercados de carbono passaram a ganhar mais ênfase em todo o mundo desde a assinatura, por países da Organização das Nações Unidas (ONU), do Protocolo de Kyoto, em 1997. O acordo entre as nações estabeleceu a meta de que países desenvolvidos deveriam diminuir em 5,2% suas emissões de gases que provocam o chamado efeito estufa. A redução deveria ocorrer até 2012. Já em 2015, com a assinatura do Acordo de Paris, as metas foram renovadas e passaram a contar com incentivos à iniciativa privada. 

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PREVISÃO DO TEMPO: nesta sexta-feira (26) há alerta para baixa umidade em Pernambuco

A temperatura pode variar entre 14°C e 31ºC

Nesta sexta-feira (26), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de baixa umidade em São Francisco e Sertão Pernambucano.

Durante a manhã e à tarde, a previsão é de chuvas isoladas na mata e agreste pernambucanos e metropolitana de Recife, atingindo cidades como Goiana, Caruaru e Buíque. Nas demais regiões do estado, há variação entre muitas e poucas nuvens. À noite, as chuvas continuam apenas na mata pernambucana e metropolitana de Recife.

A temperatura mínima fica em torno de 14°C, em São José do Egito. A máxima prevista é de 31ºC, em Jatobá. A umidade relativa do ar varia entre 65% e 100%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
 

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PREVISÃO DO TEMPO: nesta sexta-feira (26) há alerta para baixa umidade na Bahia

A temperatura pode variar entre 13ºC e 33ºC

Nesta sexta-feira (26), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para perigo potencial de baixa umidade no centro sul, centro norte e extremo oeste baianos, atingindo cidades como Barreiras, Guanambi e Macaúbas.

O dia começa nublado e com chuva na faixa litorânea da Bahia. Durante a tarde, as chuvas continuam apenas na metropolitana de Salvador e microrregiões de Alagoinhas, Entre Rios, Ilhéus-Itabuna e Valença.

À noite, as chuvas voltam a atingir toda a faixa litorânea do estado. Nas demais localidades, não há previsão de chuva. 

A temperatura mínima fica em torno de 13°C, em Cocos — e a máxima prevista é de 33ºC, em Barra. A umidade relativa do ar varia entre 70% e 90%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia.
 

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